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terça-feira, 1 de abril de 2014

Crônicas:Memórias deletadas


  Os dias estão tão corridos, o horário passando num passinho de adulto apressado, as crianças não mais têm criatividade de dar asas à imaginação pra criar, inventar e reinventar seus próprios brinquedos, os jovens já não têm mais prazer de compartilhar seus conhecimentos de forma curiosa na escola, os pais não mais dão atenção, amor e carinho para seus projetos amáveis (filhos), os professores não têm mais prazer em ministrar uma aula e transformá-la de fator massante para uma palestra de conhecimentos mirabolantes e interativos.
  São raros os privilegiados que dão atenção a uma palavra sábia, são raros os que disponibilizam um minuto da sua existência para amar o próximo, são poucos os que trocariam um objeto de valor satisfatório por um abraço sem valores físicos, mas um dos únicos capazes de preencher vazios e multiplicar sorrisos nesse câmbio de sentimentos.
  Devido a todos esses fatores associados numa concordância de objetivos de tirar toda nossa atenção e apenas aderir ao prático, a cada dia mais estamos nos afogando em mares da praticidade, rapidez e tecnologia fútil e deixando de valorizar as padronagens mais complicadas e inteligentes da vida.
   É aí que eu quero chegar!
  A falta de tempo e o excesso de tarefas rotineiras, provocou que eu aderisse a uma das tecnologias mais surpreendente inventadas pelo homem, capaz de armazenar e guardar as minhas memórias num click, mas mais capaz ainda de eliminá-las noutro click.
  Nessa onda da praticidade, eu cometi um grande erro no momento em que confiei todos nossos momentos nas "mãos" da tecnologia e num simples toque, tudo foi apagado! Todas as datas marcantes estavam lá, desde o momento em que vc disse "eu te amo" pela primeira vez. Tudo evaporou num simples click!
  Sei que não deveria, mas é inevitável ficar com o coração em mil caquinhos. Talvez fossem apenas memórias, mas eram "as" memórias, talvez fossem apenas letras, mas eram essas letras que pautavam nossa história, talvez fosse apenas talvez, mas para mim não era um simples talvez.
  Meu consciente pensou mil e uma bobeiras de que "talvez" isso fosse a direção para um não e foi esse não que provocou uma avalanche de sentimentos ruins no meu oceano interior. 
  Com seu gesto de amor e passividade, vc me mostra que as memórias não precisam de estar escritas nos objetos físicos e sim têm que estar tatuados no cômodo mais especial do meu coração.

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