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terça-feira, 13 de maio de 2014

Um vazio além da visão humana



  

   Por vezes me sinto inteiramente estranha e vazia como estou sentindo neste preciso momento! Não sei se me entende, mas não é vazio por falta de felicidade, vazio por falta de amor, vazio por falta de carinho, vazio por falta de família ou qualquer tipo de necessidade possível e consideravelmente normal para os olhos humanos, ou pelo menos os humanos com pouca capacidade de ir além de visões interiores de seres sentimentais. É um vazio diferente, tanta me entender! É um vazio que muitos podem achar medíocre, fútil e fora do contexto, mas não deixa de ser vazio.
   Por muitas vezes fico dias, semanas, meses sem conseguir colocar no papel uma única letra no que diz respeito ao "que estou sentido agora?" Ou mesmo sobre meus pontos de vista e opiniões. Até é meio estranho e sem sentido estar escrevendo da minha falta de escrita, mas é um vazio e o que causa qualquer tipo de sentimento, perfura minha necessidade de escrever. 
   A ausência de criatividade e idéias soa como se estivesse estacionando a caravana da minha paixão pela escrita, é como se tudo estivesse congelado. Me faz sentir um ser completamente incapaz é como se o titanic que carrega parte do meu sonho estivesse afundando. Se tem coisa que me aflige é a sensação de estar parada num meio de um infinito oceano pra traçar, isso causa uma imensa ansiedade e sem fôlego pra continuar.
  Tenho a certeza que almas com pouca capacidade de compreensão emocional e sem a habilidade de enxergar além de um pequeno fato, achou este texto meio ridículo, afinal, onde a falta de escrita causa vazio? Mas também tenho a certeza que almas sábias conseguiram compreender a profundidade que esta âncora de vazios conseguiu alcançar no oceano do meu interior.
   Para passar o tédio que estava insistindo em não me largar, decidi ler uma amostra do livro "Quem é você Alasca?". Houve um momento do texto que chamou 100% da minha atenção, o momento em que a personagem vai para um colégio interno não por insatisfação familiar, mas sim pela insatisfação própria e necessidade de correr atrás de um "Grande Talvez".
  "Talvez" seja isso que esteja precisando! Não falando em adotar a complicada ideia de ir passar uma temporada num colégio interno, mas sim  passar uma temporada longe da rotina, do óbvio, do normal, de tudo aquilo que atrapalha minha capacidade de interação com o "diferente".

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